quarta-feira, 5 de maio de 2010

NOTÍCIAS: Descumprimento das normas de segurança pode levar Praça de Convivência à interdição


Desde o dia 20 de abril, durante uma vistoria realizada pelo Corpo de Bombeiros de Mossoró à Praça de Convivência, localizada na avenida Rio Branco, os proprietários dos estabelecimentos cobram providências da prefeitura. Algumas irregularidades que descumprem as normas de segurança foram encontradas e os estabelecimentos correm risco de interdição. De acordo com o vice-síndico Doziteu Moreira, no local deveria ter hidrantes e o poder municipal deveria apresentar ainda a planta da Praça aos bombeiros.
Entretanto, de acordo com o major Franklin, comandante do Corpo de Bombeiros, "ainda não foi caracterizado se há necessidade de hidrantes na Praça. Até agora nós entendemos e estamos tratando cada estabelecimento como se fosse individualizado e por isso estamos vistoriando cada ponto específico", informou o major. Ele explica que a necessidade de um hidrante no local só seria confirmada caso houvesse o entendimento de que o espaço é único, como uma espécie de shopping. "Nós não chegamos ainda a este entendimento, ainda não está decidido se vamos analisar como o somatório de todos os imóveis construídos", reforça o bombeiro.  
Em relação à planta do local, o comandante segue a mesma orientação. "Por enquanto não será necessário, isso é o que chamamos de um projeto de proteção contra incêndio que é obrigatório em áreas maiores de 150 m². A maioria dos estabelecimentos não ultrapassa essa área, por isso não precisa de planta", explica.
Segundo o comandante,  a irregularidade encontrada pelo Corpo de Bombeiros não foi relacionada a esses itens, mas sim ao abastecimento de gás de cada estabelecimento, que está em desacordo com algumas normas. "Os proprietários precisam apresentar o projeto de uma central de gás feito por um responsável com um registro junto ao Crea", explicou o major.
Segundo o tenente Queiroz, subcomandante da corporação, a Gerência de Turismo entrou em contato com o Corpo de Bombeiros solicitando uma reunião para a próxima sexta-feira. "Como o prédio é um patrimônio público, a prefeitura esta relutante em liberar as mudanças, pois será necessária uma reforma para adaptar o prédio. Se a prefeitura não liberar, teremos que cumprir a norma e interditar", garante o tenente Queiroz.
Os proprietários tiveram até segunda-feira para comparecer ao Corpo de Bombeiros. "Eles tiveram que vir aqui para que pudéssemos orientar o que era preciso modificar. Eles terão que colocar também dois extintores de incêndio, em local acessível, com placas de aviso; além disso, devem colocar materiais de fácil combustão longe de equipamentos que produzam calor", disse o major.
Segundo o tenente Queiroz  uma comissão formada por dois proprietários esteve na manhã de ontem na sede da corporação para receber as orientações. "O problema maior é que cerca de 60% dos estabelecimentos utiliza GLP, que é o gás de cozinha, e como cada um deles tem um botijão, há uma grande quantidade de gás armazenado. Nós queremos que eles coloquem uma central única para que todos o utilizem através de uma canalização", informou o tenente.
Durante o encontro ficou decidido que os proprietários, contando com o apoio de uma empresa de fornecimento de gás, terão 15 dias para apresentar um projeto para instalação do sistema. “O prazo vai até o dia 24 de maio. Como o prazo para multas já expirou, se eles não entregarem o documento até esta data, serão penalizados com a interdição do espaço”, explicou o subcomandante.
Mas, ele frisou que isso não isenta os proprietários das medidas de segurança paliativas. "Não é porque eles vão apresentar o projeto que poderão deixar o estabelecimento de qualquer jeito. Eles terão que colocar extintores e já estão oferecendo treinamento para os funcionários até que o documento seja aprovado", ressalta.

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